Cirurgia de Ombro e Cotovelo
Dr. Bruno Brabo e sua equipe possuem uma vasta experiência em patologias cirúrgicas do ombro e cotovelo.
Dentre as doenças que mais necessitam de tratamento cirúrgico, podemos destacar: ruptura do manguito rotador associada ou não à síndrome do impacto sub-acromial; artrose do ombro; luxação recidivante; rigidez do cotovelo entre outros.
O tratamento cirúrgico vai depender de cada patologia e poderá ser realizada de forma convencional (cirurgia aberta) ou minimamente invasiva (videoartroscópica).
As próteses de ombro são realizadas através da cirurgia aberta, já as rupturas dos tendões e luxações geralmente são realizadas através da cirurgia por vídeo (artroscopia).
Dr. Bruno Brabo possui a certificação da sociedade brasileira de cirurgia do ombro e cotovelo (SBCOC).
Para conhecer os problemas comuns clique aqui.
Complicações em cirurgias ortopédicas
Todo procedimento cirúrgico envolve riscos independente do tipo de cirurgia, geralmente quanto maior o porte cirúrgico, maior as chances de ter complicações. Vários são os fatores que podem contribuir para o surgimento de complicações nas cirurgias ortopédicas. Esses fatores podem estar associados aos pacientes como por exemplo presença de doenças associadas como o diabetes, pressão alta, arritmias, tabagismo entre outras. E podem estar associadas ao próprio procedimento cirúrgico, como por exemplo cirurgias de grandes portes e de longa duração, utilização de material inadequado, erro de técnica, complicações da anestesia e preparo inadequado do paciente.
Uma das formas de diminuir as chances de complicações das cirurgias ortopédicas é realizar uma adequada avaliação pré-operatória do paciente e um bom planejamento cirúrgico.
É de fundamental importância que o médico esteja sempre atento às complicações cirúrgicas, oriente seus pacientes e de o suporte adequado para impedir ou minimizar os possíveis danos das complicações operatórias.
Segue abaixo algumas das possíveis complicações em cirurgias ortopédicas:
Complicações precoces
Esta é uma complicação rara, mas grave, que muitas vezes exige um procedimento de repetição (para limpar a articulação operada e, por vezes, mudar o implante) e tratamento com antibióticos a longo prazo. A infecção pode ocorrer no início do procedimento e, neste caso, se deve à contaminação do local de operação, geralmente através da pele.
A prevenção do risco de infecção é implementado a partir do momento em que os pacientes são internados para realizar a cirurgia.
Uma infecção pode ocorrer posteriormente devido a um germe transportado pelo sangue. Há certos fatores que contribuem para a infecção: tratamento imunomodulador que enfraquece os mecanismos de defesa do corpo (quimioterapia, fármacos modificadores da doença na artrite reumatoide, etc), o uso a longo prazo de corticosteroides, diabetes e obesidade.
Luxação do implante da prótese é uma complicação que pode ocorrer durante um movimento incorreto (especialmente durante os primeiros três meses após o procedimento), quando os músculos ao redor do implante são muito fracos. Para evitar esta complicação, é importante evitar certos movimentos, especialmente durante as primeiras semanas após a operação.
Flebite (inflamação da veia) pode se tornar complicada por transformar em uma trombose venosa (coágulo na veia). A imobilização contribui para tal. Um fragmento do coágulo pode, por vezes, separar e migram para os pulmões: esta é uma embolia pulmonar. O risco de trombose é rara hoje em dia por causa de exercícios para estimular o retorno venoso nas pernas, a mobilização precoce, tratamento com anticoagulantes (que afina o sangue) e uso de meias elásticas.
Deiscência da ferida e necrose (morte) da pele. Outro procedimento pode ser necessário para reparar e re-suturar a ferida e, em alguns casos, um enxerto de pele é necessário. Esta complicação é mais ou menos grave, dependendo da sua extensão e localização. Deve ser tratada rapidamente para evitar a infecção.
Isso pode ocorrer quando o implante está sendo colocado: isso também é uma complicação muito rara que é devido à fragilidade óssea. Esta complicação pode fazer a colocação do implante um pouco mais difícil.
Esta é uma complicação que afeta os nervos localizados próximo ao implante que pode ser prejudicado durante manipulações para a colocação do implante. Normalmente, a paralisia regride, mas a recuperação pode levar vários meses.
Complicações tardias
É uma das complicações mais comuns nas cirurgias ortopédicas. Isto é devido à presença de aderências (fibrose) que limitam a mobilidade (os tecidos moles são "presos" em conjunto). Isso pode ser evitado por uma mobilização suave precoce das articulações, mobilização passiva ou com o uso de máquinas para auxiliar na reabilitação e evitar uso de imobilização por períodos prolongados.
Isso ocorre tanto por meio do sangue a partir de um foco infeccioso (pele, urina, brônquios, vesícula, seios, etc) ou é devido a uma contaminação cirúrgica que passou despercebida, que se desenvolve silenciosamente e pode levar à soltura séptica do implante.
É uma complicação que geralmente aparece em cirurgias articulares e pode estar associada a própria evolução da doença, e ao envelhecimento do individuo, acometendo principalmente articulações de carga como quadril, joelho e tornozelo.
A dor crônica pode estar associada a vários fatores como um inadequado controle da dor no pós-operatório inicial e também o não seguimento das orientações médicas no pós-operatório. A SCDR é uma "desregulação do sistema nervoso central e sistema nervoso autônomo" e que provoca a dor, o inchaço e pode resultar em enrijecimento da articulação. É uma complicação que ocorre e se desenvolve de forma inconsistente e imprevisível. O tratamento é baseado em uma combinação de medicamentos e de reabilitação especializado suave. A progressão pode ser ao longo de vários meses.
A trombose venosa profunda (TVP) afeta principalmente as veias grandes no segmento inferior das pernas e das coxas. O coágulo pode bloquear o fluxo sanguíneo e causar inchaço e dor. Quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, é chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
Ocorre quando uma fratura não consolidada (cola) no tempo esperado. Essa complicação pode ocorrer devido a fatores do próprio paciente como desnutrição, tabagismo e diabetes, e a fatores da própria cirurgia como falta de estabilidade na fratura devido o uso implantes inadequados e/ou equívocos na técnica cirúrgica.
Reabilitação pós-operatória
O protocolo de reabilitação pós-operatório para lesões do ombro e do cotovelo é dividido em 5 fases:
- Primeira fase: Analgesia e relaxamento muscular. Durante as 4 primeiras semanas de pós-operatório, o paciente permanece com o ombro completamente imobilizado, com uso de tipoia velpeau, realizando apenas movimentos de cotovelo punho e mão.
- Segunda fase: Exercícios passivos. Inicia-se após a quarta semana, com o objetivo de ganho de amplitude de movimento (ADM) articular. O paciente ainda mantém a tipoia, nos períodos em que não está nas sessões de fisioterapia.
- Terceira fase: Exercícios ativos assistidos e ativos livre. Realizada após a sexta semana de pós-operatório, nessa fase é retirada a imobilização.
- Quarta fase: Exercícios ativos resistidos. A ênfase é dada principalmente no músculo deltoide e nos músculos do manguito rotador.
- Quinta fase: Exercícios isocinéticos e de coordenação motora a partir da 12a semana.
O retorno do paciente às atividades esportivas ocorre em cerca de 4 a 6 meses, dependendo da modalidade esportiva que o atleta pratica e de como o paciente recuperou a força e coordenação durante a reabilitação.